Características da tropicália
A Tropicália mesclava em um único caldeirão as mais diversas tendências, como a cultura popular brasileira e inovações extremas na estética. As guitarras elétricas, influência dos Beatles, Hendrix e outros artistas internacionais, a temática político-ideológica, mais pressuposta que mencionada, nas canções, pois os tropicalistas acreditavam que a música, por si mesma, tinha força para mudanças sociais, e os jogos lingüísticos foram as principais características do tropicalismo. Ela pretendia transgredir as regras existentes, tanto nos aspectos sócio-políticos, quanto nas dimensões da cultura e do comportamento. A Tropicália não era exatamente uma nova modalidade musical, mas principalmente uma renovada forma de agir e de participar do cenário cultural nacional, com ares críticos e transformadores. Não era contra a Bossa Nova que esta corrente pretendia se insurgir, mas sim contra a paisagem morna, entediante e de certa forma reacionária que se instaurara nos meios musicais dominados pela MPB. Passou-se a usar guitarras vibrantes do rock ou até mesmo dos embalos da Jovem Guarda, então liderada por Roberto e Erasmo Carlos, entre outros. Os Tropicalistas não pretendiam se enquadrar na categoria de corrente cultural com engajamento político, pois não eram revolucionários no conteúdo tradicional, mas sim na estética. Esta era realmente sua forma de subverter os padrões vigentes. O Tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas décadas seguintes.
Maria Bethânia
Maria Bethânia Viana Teles Veloso (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de junho de 1946) é uma cantora brasileira que tem a marca de ser a segunda artista feminina em vendagem de discos do Brasil, sendo a maior da MPB, com 26 milhões de