caracteristicas educacionais gregas
Uma sucessão de acontecimentos, guerras e outros fatos que vieram a originar os povos gregos, formando assim um povo de etnias e culturas mescladas. A “topografia montanhosa” e o “fracionamento geográfico natural”, favoreceram a formação de reinos isolados e independentes, que só se aliavam momentaneamente, para depois tornar a separa-se, mas vindo assim a construir, através de intercâmbios comerciais e culturais, uma profunda unidade espiritual, que culminou em uma “civilização comum”, tendo ligações pelo idioma, alfabeto e atividade mitopoiética comum. Como testemunhos explícitos e orgânicos disso, temos os poemas de Homero – Ilíada – e – Odisséia – sendo que os dois poemas são resultado de “séculos de poesia oral, composta, recitada e transmitida por bardos de profissão, os aedos, sem o auxílio da escrita” (Finley). As páginas refletem as práxis econômicas e sociais, as crenças religiosas e as regras do poder, as práticas culturais, ligadas à oralidade e ao papel-chave do aedo em tal contexto histórico-mítico. Na Ilíada, a educação heróica esboçada retoma aspectos da formação de Aquiles e se delineia como uma educação prática, que une “língua” e “mão” e versa sobre o cuidado do corpo, mas não exclui a oratória, guiada pelo “centauro Quirão”, ou seja, organizada por uma relação pessoal entre o mestre e aluno, que remete, talvez, à própria prática dórica da pederastia. Essa educação destina-se aos adolescentes aristocráticos, reunidos no palácio do rei, onde são treinados para o combate através de competições e jogos com disco, dardo, arco, carros, que devem favorecer o exercício da força, mas também da astúcia e da inteligência.
A Pólis e a formação do cidadão: Leis e Ritos, agonística e teatro Na Grécia arcaica, a organização política do Estado tende gradativamente a mudar com a afirmação da pólis, ou seja, uma cidade-estado com forte unidade espiritual (religiosa e mitopoiética) , mas que sobretudo é aberta para o exterior