Caracteristicas analiticas dos sucos de uva
FERNANDA DA SILVA LANTYER BATISTA1; JULIANE BARRETO DE OLIVEIRA2; GEISIANE BATISTA NUNES VASCONCELOS1; RITA MÉRCIA ESTIGARRIBIA BORGES3; ALINE CAMARÃO TELLES BIASOTO3; GIULIANO ELIAS PEREIRA3
INTRODUÇÃO
A agricultura irrigada na região do Vale do Submédio São Francisco, cujo clima é tropical semiárido, vem destacando a região nos cenário nacional e internacional, possibilitando às videiras elevada produtividade e a produção de uvas de alta qualidade, sobretudo para aquelas variedades cujas uvas são destinadas ao consumo in natura, para as quais o manejo agronômico em condições de clima tropical já está bem definido. Convém ressaltar que os elevados índices de radiação solar, adicionados ao solo adequado, baixo índice de precipitação pluviométrica, ausência de inverno e a disponibilidade de água para irrigação durante o ano todo, constituem vantagens para a viticultura na região, tornando possível a produção de uvas em ciclo contínuo e a colheita de duas a três safras no ano, dependendo da cultivar empregada (LEÃO; SOARES, 2009; TONIETTO; TEIXEIRA, 2004). Segundo o IBRAVIN (2010), no Brasil, o mercado de suco de uva tem crescido a taxa de 15 a 20% por ano, sendo que o suco natural/integral tem demonstrado um incremento de vendas ainda maior, ao redor de 40% ano. Nos últimos cinco anos, a comercialização de suco de uva duplicou, atingindo um crescimento de 117% de 2010 comparativamente ao ano de 2005. No caso de uvas destinadas à elaboração de suco, os aspectos mais importantes a considerar são os teores de açúcar, acidez equilibrada, similar aquela considerada ideal para vinhos, e altos teores de matéria corante (GUERRA & TONIETTO, 2003). As cultivares Vitis labrusca e seus híbridos constituem a base da produção de suco de uva no Brasil e representam mais de 85% do volume de uvas industrializadas no país