Análise fisico-quimica da jabuticaba
Resumo
INTRODUÇÃO: A jabuticaba apresenta casca atrativa, entretanto, o aproveitamento da casca para o consumo ainda é restrito por necessitar de tecnologias para a obtenção de preparações processadas para a inclusão na dieta humana. OBJETIVO: Este trabalho objetiva caracterizar a composição físico-química, química e antioxidante da casca de jabuticaba. MATERIAL E MÉTODOS: Os frutos foram colhidos em 25 locais distintos do município de Diamantina, levados ao laboratório de Tecnologia de Biomassas do Cerrado, lavados em água corrente, despolpados e caracterizados quanto ao pH, a acidez total titulável (ATT), os sólidos salúveis totais (SST), a umidade, a proteína, os lipídeos, as fibras, as cinzas, os carbroidratos, o valor calórico, os fenólicos e flavonóides. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As análises químicas mostraram que a casca de jabuticaba apresentou altos teores de nutrientes, destacando-se como fonte de fibras, carboidratos e pigmentos naturais, pois os teores de flavonóides da casca (87,80 mg catequina/100g) foram superiores aos encontrados em diferentes cultivares de videiras (1,26 a 34,6 mg catequina/100g) e os teores de fenólicos da casca (1.006,44mg ac. gálico/100g) superaram os encontrados no suco de uva de 4,0 mg ácido gálico/100mL. CONCLUSÕES: conclui-se que a casca da jabuticaba possui nutrientes substãncias antioxidantes consideráveis, podendo ser útil como fonte uma alternativa de alimento.
Palavras-chave: Casca de jabuticaba, composição centesimal, pigmentos naturais.
Introdução
A jabuticaba (Myrciaria aulífera) é uma fruta nativa do Brasil, da qual existem numerosas espécies, sendo bastante conhecido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste (Ministério da Saúde, 2002). A árvore apresenta grande variabilidade morfológica de 3,4 a 5,6m de altura, copa com formato ovóide, esférico ou umbeliforme de 4,8 a 7,0 metros de diâmetro, tronco principal pouco a muito ramificado, e folhagem compacta