Caps
Atualmente a possibilidade de termos uma sociedade sem Hospitais Psiquiátricos é meio distante, porém, mesmo assim é necessário que existam locais adequados para a assistência aos usuários de Saúde Mental; como locais onde hajam uma equipe multidisciplinar capacitada, onde se ofereçam atividades que inexistam em Hospitais Psiquiátricos, que promovam a autonomia ao mesmo tempo em que respeitem a singularidade de cada um.
É preciso que a sociedade perceba que todo sujeito sendo ele psicótico ou não, é capacitado de resolver por si seus problemas e encaminhar-se para o ajustamento, para que isso ocorra, no entanto, é necessário que exista além da disposição do paciente, um clima de permissividade criado pelo psicólogo. Como já havia citado, após a Reforma Psiquiátrica o olhar a respeito da loucura foi modificado, fazendo surgir os Serviços Substitutivos em Saúde Mental. A partir de experiências feitas em outros países, verificou-se que as técnicas de maus-tratos utilizadas em Hospitais Psiquiátricos e os modos exercidos sobre os internos não eram formas de tratamento adequado a eles. Já os Serviços Substitutivos de Saúde Mental preocupam-se para que os cuidados oferecidos por eles, não se confundam com tutela, esses serviços orientam o sujeito para a sua própria autonomia, resultando no resgate da sua subjetividade.
O sujeito possuidor de Sofrimento Psíquico grave precisa na verdade, de ferramentas que o ajudem a recuperar sua identidade perdida dentro dos Hospitais Psiquiátricos e essas são as ferramentas que os serviços substitutivos oferecem.
Serviços Substitutivos Criados Após Reforma Psiquiátrica:
- Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS): São unidades regionalizadas, abertas e oferecem cuidados 24 horas, todos os dias da semana. Inclusive, há alguns leitos para atendimentos do tipo internação.
- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS): Assim como o NAPS, o serviço do CAPS é regionalizado. Porém,