Capitães da areia

PERÍODO LITERÁRIO EM QUE SE INSERE A OBRA

A obra está inserida na Segunda Fase do Modernismo. Esta fase se estendeu de 1930 a 1945, e foi muito marcada por acontecimentos importantes da época que acabaram influenciando os escritores, como a Crise de 29, que acabou afetando o mundo inteiro, e a estrutura política da época, ligada com o coronelismo e o domínio das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais.
Essas situações da época influenciaram na literatura, que se mostrou mais realista, mostrando a real situação do país, mais construtiva e sendo também obras críticas em relação ao meio social. Essa geração modernista analisa os problemas da sociedade brasileira, e se preocupa com o Homem e o estar-no-mundo. Tem caráter regionalista, com cada escritor abordando diferentes partes do Brasil.
A geração modernista se libertou de modelos antigos da geração de 1890 a 1920 que possuía uma linguagem formal e elaborada. O vocabulário foi modificado, sendo que os modernistas se voltaram mais para a linguagem que os brasileiros falam, pois tinham o objetivo de levar a literatura, e consequentemente a realidade da época, para todos os leitores, dando assim um caráter informativo às obras com essa abordagem dos temas cotidianos.

CARACTERISTICAS DO PERIODO LITERARIO NA OBRA

As características do modernismo na obra são em sua totalidade bem marcantes. Apresenta uma linguagem bastante simples e voltada ao público; uma preocupação em mostrar e informar sobre um problema da época, retratando uma vida de miséria e de exclusão social de jovens abandonados; a forte crítica passada as políticas da época; é regionalista, colocando a Bahia como figura central.
O forte julgamento de Jorge Amado na obra (e em outras), isto em plena época de ditadura, sobre as injustiças e descaso do governo para com a população, fez com que suas obras fossem censuradas, ao ponto de Getúlio Vargas mandar queimar todos os seus livros, incluindo Capitães.
A obra se integra na fase do autor chamada de