Capitulo I

Capitulo I
Londres, 1915, noite de estreia da peça de John Barrie. No elenco, os atores preparam-se: “às marcas iniciais, ás marcas, pessoal!”- o teatro está lotado. Escondendo-se por entre as cortinas vermelhas, John observa a plateia. Olhares inconformados chovem dali. Eles chovem para ofuscar sua noite de estreia ensolarada e transforma-la numa tempestade.
No dia seguinte, tentando recuperar-se daquele fracasso, John vai caminhar a luz do sol com seu cachorro. Sentado num banco, Barrie abre o jornal, e o escritor depara-se com um recorte feito por sua empregada no lugar onde deveria estar a critica de sua peça, mas aquele rombo se transforma em uma moldura para ver uma bela dama, rodeada por seus dois filhos.
John fica encantado o quão grande poderia ser a beleza daquela moça, e caminhando ao seu encontro, percebe que já havia tido a sorte de apreciar este rosto angelical algum dia. Mergulhando em seus pensamentos, John se lembra daquela doce menina com quem sua irmã mais nova brincava, e por quem já fora apaixonado. Interrompendo sua aproximação, Emma, sua esposa, o chama para conversar com alguns amigos.
Com seus sentimentos pela moça vindo à tona, mesmo platonicamente, não consegue decidir se presta atenção na conversa ou se pensa em como seria o reencontro com seu amor de infância, Kate Thompson.

Capitulo II
Entra no quarto, fecha a porta e se estende sobre a cama. Naquele silêncio da noite, John ficou sonhando acordado e se perguntando por que seu coração bate tão forte quando pensa na linda Kate, mesmo sem conhecê-la. Mas o medo aperta seu coração comanda sua alma quando percebe que, estando casado, não pode pensar em outra mulher.
O dia amanhece nublado e seus pensamentos ainda são voltados a Kate, esperando um dia poder reencontrá-la. Mas consegue uma distração quando sua irmã bate na porta e convida ele e a esposa para um banquete.
O destino insiste em atormentá-lo. Sua irmã, Susan, fala que sua melhor amiga de infância se mudou para a cidade e