capitulo 1

Introdução

NayanChandaé jornalista, historiador e doutor em relações internacionais especialista em globalização. Atualmente, é Diretor de Publicações do Centro de Pesquisa para Estudo da Globalização pela Universidade de Yale e editor da revista digital Yale Global Online.
No livro “Sem Fronteira” (Ed. Record, 2011), NayanChanda traça uma linha do tempo da globalização desde suas origens remotas, realçando seus principais atores e forças motrizes. Ele argumenta que a globalização, mais que um sinônimo para capitalismo, é o desejo intrínseco do ser humano por uma vida melhor, fruto da incessante busca humana pelo progresso levado a cabo por agentes como missionários, aventureiros, comerciantes e guerreiros. Escrevendo para o jornal Valor Econômico (2011) [1], o jornalista Eduardo Graça ressalta que em texto duro no “New York Times” à época do lançamento do livro nos Estados Unidos, William Grimes acusa NayanChanda de assumir uma atitude “fatalista” diante dos vencedores e perdedores da globalização tal qual a conhecemos após a Segunda Guerra Mundial.
No prefácio do próprio livro, o professor Alexandre de Freitas Barbosa [2] (2011) ressalta que apesar do rico mosaico elaborado com audácia e competência, fica a impressão de que o conceito de globalização apresentando pelo autor é limitado, privilegiando “apenas os pontos conectados, esquecendo as desconexões.” (p. 13). Conforme a organização da avaliação proposta pelo professor da disciplina de “Mobilidades Contemporâneas”, o conteúdo do nosso trabalho se refere apenas ao estudo e reflexão do capítulo 1, “O começo africano”, onde o autor “traça a globalização inicial da espécie humana desde quando, na última Era do Gelo, um pequeno grupo dos nossos ancestrais saiu da África em busca de mais comida e segurança” (p. 23), vagando por 50 mil anos até se instalarem em todos os continentes. Nesse trajeto, sofreram transformações corporais e desenvolveram diferentes idiomas e culturas. Após a “diáspora”[3] inicial,