Capitalismo E Educa O
Educação, uma palavra que traz no seu bojo uma forte relação do poder que se estrutura nas sociedades. Sabemos nós, os educadores e as educadoras, o papel da educação no actual contexto global? A nossa prática pedagógica corrobora com o contexto e a fomentação do capitalismo? É interessante pensarmos como a escola influência nossas vidas. Na Grécia antiga as meninas não recebiam qualquer educação formal mas aprendiam os ofícios domésticos e os trabalhos manuais com as mães. O principal objectivo da educação grega era preparar o menino para ser um bom cidadão. Os gregos antigos não contavam com uma educação técnica para preparar os estudantes para uma profissão ou negócio. Se visualizarmos um outro paradigma social, percebemos uma outra perspectiva de educação. Quando a burguesia se apropria do poder no final do século XVIII, a educação ganha um outro espaço, a escola na qual ocorre a escolarização.
Portanto, se reflectirmos sobre o contexto histórico da época, saberemos porque há uma necessidade da nova formatação educacional (escolarização). No período do feudalismo, a estrutura se constituía de feudos e num determinado período emerge uma produção capitalista nas cidades independentes na sociedade feudal, onde se desenvolve a chamada produção de mercadoria. Enquanto a produção é limitada, a estrutura feudal não impede que as relações capitalistas de produção se desenvolvam. Mas, quando a manufactura ganha forças de produção numa escala ampla, a estrutura feudal torna-se um entrave para o seu processo de desenvolvimento. Portanto, é preciso destruir a classe feudal para que o capitalismo avance. Mas como a então sociedade feudal também tinha sua classe oprimida, os servos, estes não serviam para atender as necessidades do capitalismo. A produção capitalista precisava de trabalhadores livres que produzissem em troca de dinheiro e que se deslocassem para os locais necessários aos em que os capitalistas.
Então, a nova