Rela es Interpessoais
Processos fundamentais de cognição social
Para se relacionar com os outros, o ser humano desenvolve um leque variado de condutas, organizando-as em função das aprendizagens efetuadas nas suas vivências e também em função dos ensinamentos legados pelos ancestrais. Seja qual for o modo de se relacionar, os fatores cognitivos estão sempre implicados, na medida em que se trata de responder a situações cujo significado é estabelecido pela maneira como são analisadas, compreendidas e interpretadas socialmente.
Suponhamos que estamos sozinhas numa carruagem e um estranho se aproxima e se senta ao nossa lado. A nossa reação depende da interpretação que fizermos da ação do outro. Será urna tentativa para iniciar urna conversa, um intruso indesejável, um convite sexual? Ou apenas uma resposta (ao facto de os restantes bancos da carruagem estarem cobertos de fuligem?
Henrv Gleitman. Psicologia
Nenhuma pessoa reage automaticamente aos acontecimentos sociais, moldando a conduta em função do modo como concebe as situações, ou seja, do modo como sente e interpreta o que dizem e o que fazem os que vivem em seu redor.
E como interpretamos as situações? Que sabemos dos outros e daquilo que nos rodeia?
A dimensão social do conhecimento
Afirmar a dimensão social do conhecimento significa compreender que as nossas cognições refletem a sociedade em que nos inserimos. Quer dizer, vemos e interpretamos a realidade não apenas com a ajuda das capacidades cognitivas pessoais, mas também com os “olhos dos outros’ que nos dão um quadro interpretativo, coletivamente partilhado e que se constitui como referencial orientador e condicionador das cognições de cada um.
Impressões
As pessoas que passam pela nossa vida distribuem-se por escalões que vão da indiferença quase completa a um convívio muito próximo. À semelhança do que se passa no teatro, as pessoas que exercem influência sobre nós podem representar um papel esporádico, como aquelas a quem nos