Capitalismo: uma história de amor
Dirigido por Michael Moore, o filme "Capitalismo: uma história de amor" retrata o lado duro e cruel da sociedade capitalista. O filme mostra uma realidade baseada no consumo e na apropriação de propriedades.
No documentário, Moore mostra que a noção de posse e de relações capitalistas supera as relações humanas, numa espécie de jogo em que ganha àquele que tiver mais dinheiro.
Logo no começo do filme é possível ver uma família comum e trabalhadora sendo despejada de sua casa porque não conseguiu pagar a hipoteca. Isso mostra a impotência do povo perante as grandes empresas capitalistas.
Outro momento marcante do filme é quando Michael Moore apresenta casos em que a empresa contratante faz apólices de seguro, prevenindo-se no caso da eventual morte de seus funcionários. Normalmente, uma empresa não esperaria que seus funcionários morressem, mas não é este o caso. O filme mostra que as empresas tinham grandes expectativas acerca do falecimento dos empregados. Mais uma vez, prevalece o lucro e a obtenção do capital, não importando sua origem.
O filme deixa bem claro que a sociedade capitalista se baseia, de fato, no dinheiro. O homem adere ao capitalismo sedento por lucro. Seja com um trabalhador comum, ou com o dono de uma gigante multinacional, as relações de troca vão ocorrer, visando lucro, custando o que for necessário. Moore mostra que a sociedade capitalista chegou a um ponto em que tirar uma família de sua casa, ou lucrar com a morte de um funcionário parece ser algo normal e aceitável, algo muito distante da realidade.
Pedro Henrique