Capitalismo tardio e sociabilidade moderna
De 1945 até 1964, nos momentos principais do processo de industrialização, instalou-se os setores de grande tecnologia com seus investimentos de grande porte. As migrações internas e a urbanização foram acelerando-se.
Formou-se um novo padrão de consumo no Brasil. Trazido pelos padrões de produção e de consumo próprios aos países desenvolvidos.
Surgem as industrias do aço, a petroquímica, fibra sintética, hidroelétricas, alumínio, a do cimento, vidro, e papel. Alimentos, indústria têxtil, confecções, calçados, bebidas, móveis. O sistema rodoviário cortava o Brasil de fora a fora. A indústria do automóvel e os eletrodomésticos tomam conta do mercado. Até mesmo navios de carga e aviões o Brasil fabricava. Houve o predomínio do alimento industrializado. Os supermercados e Shopping Centers. A indústria farmacêutica estava no auge, pois de um lado existiam as “doenças do progresso” e de outro “as doenças do atraso”.
“Em suma: todas essas variações do consumo apontavam para os movimentos da sociedade”.
A vida do campo passou a ser indesejável, a repelir, a expulsar o homem que migrou para os centros urbanos em busca do trabalho moderno.
A estrutura no campo, na década de 50 era formada:
1)Pelos latifundiários capitalistas (café e açúcar), latifundiários “tradicionais” (pecuaristas).
2) Os médios proprietários (arrendatários capitalistas).
3) A pequena propriedade familiar.
Nessa totalidade, cerca de 85% era formada por posseiros, pequenos proprietários, parceiros, assalariados temporários ou permanentes, extremamente pobres ou miseráveis. O que os aproximava era a miséria ou a extrema pobreza em que viviam. A vida social girava em torno de padrões patriarcais. Poucas crianças freqüentavam a escola, mal aprendiam a ler e a escrever. Para eles isso não era necessário. Esse era o