Resenha - Capitalismo Tardio e Sociabilidade Moderna
João Manuel Cardoso de Mello e Fernando A. Novais (1998)
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e, no Brasil, o fim da Era Vargas, os anos que seguiram 1945 até 1964 foram de decisão no processo da industrialização brasileira. Nos anos 50, a crença de que o país estava próximo ao status de nação moderna era grande. Foi então durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) que a indústria brasileira ganhou verdadeiro impulso. O objetivo principal do governo de Vargas foi efetivar a industrialização do país, privilegiando as indústrias nacionais, de maneira a não deixar o Brasil cair na dependência externa. A indústria nacional cresceu de modo expressivo nas décadas de 1930-40, com leis voltadas para a regulamentação do mercado de trabalho, medidas protecionistas e investimentos em infraestrutura. O governo de Getúlio Vargas foi fundamental para a formação do Brasil contemporâneo.
A partir de 1930, a indústria passou a ser o setor mais privilegiado da economia. Entre 1929 e 1937 a taxa de crescimento industrial chegou a atingir 50%. Vargas investiu no aprofundamento da industrialização através do processo de substituição de importações nos setores de bens de consumo não duráveis (tecidos e alimentos) e, principalmente, dos bens intermediários (metalurgia e siderurgia). O estado arcou com o peso dos investimentos de grande porte na industrialização numa demonstração de nacionalismo econômico.
O governo de Dutra (1946-1951) iniciou a construção e inaugurou a ligação rodoviária do Rio de Janeiro a São Paulo, atual Rodovia Presidente Dutra, e uma das mais importantes do país. Foi uma das primeiras estradas de padrão internacional construídas no Brasil e que deu início a um sistema rodoviário que cortaria o país de ponta a ponta.
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) o desenvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e formas. Nos anos de JK, os chamados “Anos Dourados”, ocorreu a abertura da