Resenha de capitalismo tardio e sociabilidade moderna
Capitalismo tardio e sociabilidade moderna.
O que se tornou o capitalismo brasileiro? É em torno dessa questão que o texto se desenvolve. O autor descreve as bases e o desencadeamento do sistema capitalista no Brasil, partido do otimismo da década de 1930, período em que o progresso industrial inicia-se, alimentando um nacionalismo, até culminar na desilusão da década de 1980 e 90, momento em que a crise, sintetizada na chamada “Década Perdida”, descaracteriza qualquer sentimento de nação (há a estagnação econômica, superinflação, desemprego, violência, escalada de drogas, etc.).
Entre 1945 e 1979, a industrialização brasileira se solidifica realmente. Dá-se, então, a instalação de setores tecnologicamente mais avançados, e a intensificação das migrações internas, resultando na enorme aceleração do processo de urbanização. Ocorre a modernização dos setores industriais mais tradicionais (alimentos, têxteis, calçados, móveis) e formam-se os setores industriais mais complexos (aço, petróleo, alumínio, químicos e farmacêuticos). Além disso, enfatiza-se como nessa fase emergem mudanças significativas no processo de comercialização dos produtos, com o surgimento dos supermercados, shopping centers, cadeias de lojas de eletrodomésticos, revendedora de automóveis e lojas de departamento.
O objetivo é demonstrar como as relações entre a alteração na oferta de produtos e na circulação de mercadorias implicaram novos hábitos, (alimentares, de higiene, de vestuário...). Novos padrões são criados, afetando a maneira de ser da sociedade como um todo. Surgem, por exemplo, roupas mais masculinas para as mulheres, refletindo e, ao mesmo tempo fomentando uma mudança no comportamento das mesmas (Calça jeans e o biquíni, por exemplo). A evolução do ramo farmacêutico implica melhores condições de saúde para os brasileiros; consegue-se combater duas doenças antes tidas como terríveis: a tuberculose e