Capitalismo tardio e sociabilidade moderna
O autor disserta e discute sobre os problemas do período dos anos, 50, 60, 70, 80 e 90. Os principais pontos são: a visão do progresso, o processo de industrialização, a instalação da tecnologia, os novos empregos que esta tecnologia trouxe para a sociedade brasileira, enfim, a mudança do “modelo” econômico, social e político de desenvolvimento. A nova realidade que a industrialização nos trouxe: a estagnação econômica, superinflação, desemprego, violência, as mudanças nos valores da família, a escalada das drogas, a educação, o papel dos meios de comunicação de massa, etc
A modernização trazida pela industrialização trouxe mudanças sociais profundas, e certamente uma melhora na qualidade de vida da população, criando novos produtos e novas oportunidades profissionais. Mas, por não haver uma política econômica preocupada com esse progresso, toda essa modernização acabou por ter fim numa sociedade neoliberalista, de competitividade selvagem, cheia de patologias, resultando hoje, numa desesperança de crescimento econômico e mobilidade social ascendente.
João Manuel Cardoso de Mello e Fernando A. Novais, trazem no livro “Capitalismo tardio e sociabilidade moderna”, as mudanças que a sociedade brasileira sofreu no aspecto social, político e econômico devido à modernização trazida pela industrialização. Mudanças que trouxeram melhoria para a sociedade brasileira, mas que em contrapartida, causaram uma infinidade de problemas.
O Brasil, na década de 50, tinha a sensação de que estava a poucos passos da modernização e que, esta modernização o levaria ou o igualaria a um país de primeiro mundo.
Surgem as indústrias do aço, a petroquímica, fibra sintética, hidroelétricas, alumínio, a do cimento, vidro, e papel. Alimentos, indústria têxtil, confecções, calçados, bebidas, móveis. O sistema rodoviário cortava o Brasil de fora a fora. A indústria do automóvel e os eletrodomésticos tomam conta do mercado. Até mesmo navios de carga e aviões