CAPITALISMO PÓS MODERNOS
A essência do capitalismo avançado é a competição entre empresas e pessoas. Entre empresas, pelo papel do
Estado na luta contra monopólios, através da regulamentação legislativa exercida por agências. Entre pessoas, pela preparação ao individualismo e educação para o contínuo aperfeiçoamento. No Brasil, o capitalismo avançado é uma vela bruxuleando ao vento, pois não compartilha seu modelo com outros sistemas sociais. O capitalismo ou lidera a sociedade ou a sociedade não é capitalista. O desarranjo entre uma parcela da sociedade brasileira vivendo formas de capitalismo avançado, e o restante completamente alheio às demandas desse mesmo capitalismo, cria uma cultura pitoresca, que mais confunde do que esclarece. Pode-se notar isso nos escritos sobre o Brasil por brasileiros e estrangeiros: os brasileiros não abordam o Brasil como uma sociedade com três sistemas; os estrangeiros também não, pela completa ignorância sobre as origens dos nossos problemas. Além do mais, três sociedades diferentes significam, no mínimo, três éticas atuando no mesmo espaço social, o que pode parecer um contrassenso, mas é a realidade nua e crua.
Elixir dos Deuses
O capitalismo avançado não se caracteriza por um setor financeiro globalizante, nem por prédios suntuosos, muito menos pelo comércio capilarizado na sociedade. O que de fato o caracteriza é sua vanguarda tecnológica. O resto corre atrás. Ciência e tecnologia, por sua vez, não são acidentes de percurso, ao contrário, são a própria essência do sistema, a ambrosia divina. O capitalismo avançado é um sistema de autoridade e representação capaz de negar o modelo do Estado semicapitalista, que, paradoxalmente, apenas sobra como oferta de recompensa o preparo individual para inserção no modelo de inovação permanente.
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Pode-se repousar no capitalismo e ficar na mesma atividade para sempre. Mas