capital monopolista
A estrutura da sociedade colonial era rural. Isso pode ser visto quando analisamos quem detinha o poder na época colonial: os senhores rurais. Dentro desse contexto, a abolição da escravatura aparece como um grande marco na nossa história.
O autor conta que entre 1851 e 1855, observou-se um notável desenvolvimento urbano, graças à construção das estradas de ferro, e que tal desenvolvimento esteve muito ligado à supressão do tráfico negreiro.
Muitos senhores rurais eram contra esta supressão, o que resultou numa continuidade do tráfico, mesmo depois de abolido legalmente. O medo do fim do tráfico fez com que aumentasse o número de escravos exportados para o Brasil até 1850. Buarque de Holanda fala que houve um aproveitamento do capital oriundo do tráfico para abrir outro Banco do Brasil. Fala também um pouco das especulações em cima do tráfico e da abertura deste Banco.
Para o autor, havia uma incompatibilidade entre as visões do mundo tradicional e o mundo moderno, o que resultou em muitos conflitos. Exemplo disso foi o malogro comercial sofrido por Mauá. O Brasil não tinha a menor estrutura econômica, política ou social para desenvolver a indústria e o comércio.
Os senhores de engenho eram sinônimos de solidez dentro da sociedade colonial. O engenho era um organismo completo, uma micro-sociedade.
Num primeiro momento, os homens que vinham para a cidade eram os que tinham certa importância no campo. Houve uma substituição das honras rurais para as honras da cidade. Os colonos brancos continuavam achando que o trabalho físico não