Capacitações dinâmicas
Com o objetivo de unificar as discussões e criar uma definição consistente, baseado em diversas literaturas, para capacitações dinâmicas, Adriano Proença (2003) recupera vários trabalhos sobre a visão baseada em recursos em Administração Estratégica e inicia, em seu artigo, o desenvolvimento de um quadro conceitual para o “enfoque baseado em capacitações”.
Formulando um questionamento sobre o que são capacitações e como elas podem ser classificadas e avaliadas em seu papel estratégico, Proença (2003) propõe a seguinte hipótese: Capacitações são recursos acumulados pela firma, sendo um dos principais atributos do processo estratégico e por conseqüência proporciona vantagens competitivas diante de outras organizações, é compreendida pela habilidade de saber o que fazer, com qualidade e a baixo custo.
Partindo do conceito de que visão baseada em recursos (VBR) é um panorama que esclarece o posicionamento estratégico de uma firma, a aquisição e sua disponibilidade de recursos bem como o desenvolvimento de competências raras até mesmo únicas, que proporciona a empresa uma vantagem competitiva sobre outras, Proença (2003), a apresenta como um posicionamento móvel, cujo foco esta centrado na dinâmica competitiva entre organizações se opondo ao modelo estático proposto por Porter, que visa somente o posicionamento estático da interação entre ambiente (oportunidades e ameaças) e firma (forças e fraquezas), isto é, Porter se volta ao ambiente externo da empresa, na análise estrutural da firma e na resposta da ação de competidores.
Porter (1991) assume que a sua análise sobre a situação competitiva dentro de uma empresa era limitada, já que não considera os adventos antecedentes que explique a chegada da firma em determinada situação e nem há projeções sobre o futuro da instituição; caso haja qualquer alteração no ambiente organizacional ou mercadológico