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Introdução: Existem várias teorias que procuram definir a inteligência, sobretudo no domínio da Psicologia e da Educação, e podemos agrupá-las em teorias explicitas e em teorias implícitas de inteligência. As teorias explícitas de inteligência, até agora as mais estudadas e divulgadas, representam conjuntos de construções teóricas de psicólogos, educadores e investigadores e são ancoradas numa avaliação da inteligência presumivelmente objetiva, através de testes e provas similares. Por sua vez, as teorias implícitas de inteligência (concepções pessoais de inteligência) representam conjuntos de crenças – que podem ser apresentadas por leigos, por cientistas e, até mesmo, por grupos sócio-profissionais específicos como, por exemplo, o dos professores – acerca da natureza, do desenvolvimento e das implicações da inteligência para as condutas dos indivíduos nos mais variados contextos de ação.
Justificativa: Necessidade de verificar a validação das percepções e teorias dos sujeitos acerca da natureza da capacidade intelectual.
Objetivo: O artigo visa então, no quadro das teorias implícitas de inteligência (em função da idade/ano de escolaridade, sexo, e nível socioeconômico) analisar o modelo das concepções pessoais de inteligência.
Metodologia: Estudos transversais e um estudo longitudinal-sequencial durante cerca de 20 anos.
Resultados: Os principais resultados deste estudo intercultural salientam a existência de interações significativas entre o nível de ensino freqüentado e o contexto cultural, evidenciando que: por um lado, os alunos italianos do ensino secundário tem concepções menos estáticas de inteligência, quando comparados com os restantes dos grupos (alunos portugueses do ensino secundário e superior e alunos italianos do ensino superior) e, por outro lado, a ausência de diferenças de sexo nas concepções pessoais de inteligência, o