Capa
A aplicação desta medida reveste-se à partida de toda uma carga de aspetos negativos, e o principal interveniente neste processo é a criança/ jovem que vivencia um corte abrupto com toda a rede de relações construídas até ao momento da institucionalização onde simultaneamente são submetidas a uma pluralidade de “olhares”, intromissões ou ações invasivas que expõem e fragmentam a sua identidade. Surge também um afastamento do meio físico e social em que antes vivia a criança/jovem. Quando chega à instituição, possui uma cultura apreendida no seu meio, uma forma de viver e um conjunto de atividades e rotinas aceites. Este distanciamento físico pode dificultar a sua integração tanto na instituição onde é colocada como futuramente no seu meio de origem onde, provavelmente, retornará.
A criança/jovem chega à instituição com uma concepção de si mesma, aquela que se tornou e se formou na realidade em que vivia e a entrada numa instituição pode “despir” por completo este “eu”
A forma como a criança/jovem vive a sua experiência institucional depende da sua própria capacidade de aceitação e de adaptação à mudança. A Instituição tem o dever de olhar para eles e num primeiro momento ter a capacidade de desmistificar esta vertente negativa na qual a criança/jovem se encontra e incentivar esta capacidade de superação.
A instituição devera privilegiar o