africa austral no periodo de 1970-1994
Face a recusa de Portugal em promover a descolonização, iniciou-se na década de 1960, a Luta Armada nas colónias portuguesas. Era o inicio das guerras coloniais.
Portugal possuía duas colónias na região da África Austral - Angola e Moçambique, que começaram através de seus Movimentos de Libertação, a FNLA, o MPLA e a UNITA (em Angola) a partir de 1961 e a FRELIMO (em Moçambique) a partir de 1964 a Luta Armada.
As guerras coloniais levaram ao isolamento do regime português, quer a nível interno, quer a nível internacional, conduzindo o regime a uma situação incomportável e intolerável. O arrastamento das guerras e o elevado número de vítimas iriam contribuir para a queda do regime fascista em 1974. A queda do governo fascista português foi uma consequência das guerras colónias.
Portugal voltou a ser um país democrático, abrindo caminho para o início do processo de descolonização de Angola e a criação de condições para o debate.
Os Movimentos de Libertação de Angola, declararam imediatamente que só aceitariam negociar com as autoridades portuguesas se estes reconhecerem o Direito a Independência de Angola a curto prazo. Começavam, então, as conversações entre as partes - governo de Portugal e a parte angolana representada pelos três (3) Movimentos de Libertação (FNLA,MPLA e UNITA). Em Junho de 1974, na conferência de Lusaka, e em Agosto do mesmo ano, nas Nações Unidas, foram dados os passos decisivos para o processo de descolonização que levaria Angola a independência.
A INGERÊNCIA Sul-africana NOS PROCESSOS POLÍTICOS DA REGIÃO - SUAS CONSEQUÊNCIAS
A partir dos finais dos anos 70 do século XX, assiste-se com grande intensidade a invasão dos territórios de Angola, Zâmbia e de Moçambique por parte das forças de elite sul africanas.
As ofensivas sul-africanas aos territórios vizinhos tinham por objectivo conter as ofensivas das forças nacionalistas do Sudoeste