Ferdinand de Saussure nasceu em 26 de novembro de 1857 em Genebra, Suíça. Ele foi o criador da linguística moderna e trouxe novos caminhos, graças ao seu estudo sobre a língua e a linguagem. Com o passar do tempo, a vitalidade do pensamento de Saussure apenas reafirma sua atualidade. Na Universidade de Genebra, entre 1907 e 1910, o filólogo ministrou três cursos sobre linguística e, três anos depois de sua morte, seus próprios alunos, Charles Bally e Albert Sechehaye, reuniram todas as informações que tinham aprendido e editaram a obra chamada Curso de Linguística Geral – livro no qual ele apresenta distintos conceitos que serviram de sustentáculo para o desenvolvimento da linguística moderna. Dentre esses conceitos, podemos mencionar certas dicotomias imprescindíveis para o estudo da linguística. A primeira delas é a língua e a linguagem. Saussure aponta que há uma diferença entre esses dois elementos que os diferencia. A língua é concebida como um conjunto de valores que se opõem uns aos outros e que está inserida na mente humana como um produto social, razão pela qual é homogênea, enquanto a fala é considerada como um ato individual, pertencendo a cada indivíduo que a utiliza sendo, portanto, sujeita a fatores externos. Outro ponto a ser explorado é o conceito de significante e significado. Nas obras de Saussure, ele apresenta o signo linguístico composto de duas faces básicas: a do significado, que é relativo ao conceito, ou seja, à imagem acústica, e a do significante, caracterizado pela realização material de tal conceito, por meio de fonemas e letras. O Sintagma e o Paradigma também são explorados na obra Saussuriana. Para ele, o sintagma é a combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior, ou seja, a sequência de fonemas se desenvolve numa cadeia, em que um sucede ao outro, e dois fonemas não podem ocupar o mesmo lugar nessa cadeia. Já o paradigma se constitui de um conjunto de elementos similares, os quais se associam na memória,