Canga O
INTRODUÇAO:
Quem nunca ouviu falar em Virgulino, o Lampião? Esse foi o principal nome de um movimento social ocorrido no sertão nordestino durante o fim do século XIX e início do século XX, denominado cangaço. Os cangaceiros, grupos de homens, com seus chapéus de abas largas, roupas de couro enfeitadas, punhais e armas de fogo na cintura, atuaram em cidades dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
CAUSAS:
Esses grupos eram integrados, na maioria das vezes, por sertanejos jagunços, capangas e empregados de latifundiários (detentores de grandes propriedades rurais). As causas desse movimento estão diretamente relacionadas ao coronelismo, vingança, revolta à situação de miséria no Nordeste e descaso do poder público, os inúmeros problemas sociais vigentes, principalmente a má qualidade de vida da população, o latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos ricos fazendeiros e coronéis do período republicano que deixava às margens da sociedade a maioria da população.
CARACTERISTICAS:
Normalmente os cangaceiros estavam agrupados em três categorias. Em servidores eventuais dos grandes coronéis; os de natureza política, que exibem o poder de que os latifundiários são detentores; e os autônomos, que assumem o comportamento marginal. Eles geralmente só agrediam os que se posicionassem como seus adversários, chegando até mesmo a proteger e amparar aqueles que aceitavam sua atuação e seguiam suas regras. Esta forma de atuar lhes valeu a reverência e a estima de grande parte da massa nordestina. Os cangaceiros não moravam em locais fixos. Possuíam uma vida nômade, ou seja, viviam em movimento, indo de uma cidade para outra. Quando entravam nos perímetros urbanos, recorriam à população residente e, sempre armados, intimidavam os que tentavam resistir às suas exigências. Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais. Mas