Candelária: prevenção ao suicídio
CANDELÁRIA: UMA CIDADE NA BUSCA DA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
Ensaio apresentado ao Curso de Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul como tarefa integrante da disciplina Produção de Textos Acadêmicos.
Professor: Elenor J. Schneider
Santa Cruz do Sul
2012
CANDELÁRIA: UMA CIDADE NA BUSCA DA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
“Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.” (Augusto Cury)
Introdução
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2006, p. 1), os suicídios são resultados de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos, culturais e ambientais. E esta situação tem chamado ainda mais atenção devido a seu aumento crescente nas últimas décadas. Estima-se que em 2000, aproximadamente um milhão de pessoas no mundo deram fim a sua vida, e que as taxas de suicídio aumentaram cerca de 60% nos últimos 50 anos (OMS, 2006, p. 3).
Esses dados alarmantes têm desencadeado diversos projetos de assistência à prevenção da epidemia. E é através da assistência profissional que a cidade de Candelária, no Rio Grande do Sul, conseguiu baixar em 60% os altos índices de suicídio no município, tornando-se exemplo em prevenção. (CANDELÁRIA, 2009)
O problema
No mundo, a cada 4 segundos uma pessoa tenta contra a própria vida, e a cada 40 segundos um suicídio é cometido, aponta a Secretaria Municipal da Saúde de Candelária. O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com o maior percentual de suicídios. Somente em 2010, foram registrados 1.151 casos no estado, e esta epidemia está entre as três maiores causas de morte entre pessoas de 15 a 35 anos. (TRINDADE, et al. 2012)
Candelária mostrou-se uma das cidades com maiores índices de suicídios do Brasil, chegando a média de 5,4 óbitos por ano, representando 18,6 óbitos por 100 mil habitantes, no período de 1996 a 2000. Já nos anos seguintes (2001 a 2006) esse número aumentou consideravelmente passando para 6,5 óbitos por ano o que