O Brasil está, no momento atual, passando por transformações importantes no que tange às mudanças nas relações sociais e do trabalho. Estamos saindo de um modelo de produção e adentrando em um novo, o que demanda uma séria análise sobre o fenômeno. Assim, como esse processo está relacionado com as inovações tecnológicas e as mudanças no mundo do trabalho, faremos neste artigo uma reflexão ma auto-afirmação do capitalismo, que à medida que aumenta a produtividade, reduz o número de trabalhadores. Porém, a tecnologia, aliada ao grande capital, deixa de levar em conta o aspecto humano, ou seja, quanto mais avançada tecnologicamente for uma sociedade, maior torna-se a desqualificação do trabalhador para o acesso ao uso da própria tecnologia. O domínio da tecnologia não garante a empregabilidade do trabalhador. Se por um lado, está posto que ela é necessária para a permanência do mesmo no mercado de trabalho, por outro, de posse da qualificação tecnológica, esta não se configura em garantia total do emprego, ou seja, num mercado de trabalho acirrado e competitivo, a qualificação contribui para a manutenção do emprego, mas não é suficiente, no sentido de que há a necessidade da permanente qualificação, a técnica sendo substituída por novas tecnologias. Estamos assim, diante de uma linguagem ideológica, a qual mantém a massa trabalhadora presa por uma consciência ideologicamente preparada em questões que na verdade extrapolam o individual, uma vez que esta qualificação tão divulgada pelos neoliberais não será garantia de empregabilidade e muito menos de permanência no mercado de trabalho. As questões do discurso neoliberal são muito mais complexas, uma vez que estão ligadas a signos ideológicos: um signo não existe apenas como parte de uma realidade; ele também reflete e refrata uma outra. Ele pode dima auto-afirmação do capitalismo, que à medida que aumenta a produtividade, reduz o número de trabalhadores. Porém, a