Cana-de-açúcar
CANA-DE-AÇÚCAR
Com a decadência da exploração do pau-brasil no século XVI, deu-se início ao ciclo da cana-de-açúcar que foi utilizada, nessa época, em substituição a beterraba para manufatura de açúcar na Europa.
O método agrícola foi a monocultura, onde existia a produção ou cultura de apenas um tipo de produto agrícola. Essa predominância, foi responsável por introduzir o modo de produção escravista no Brasil, porém, em princípio, contava-se com os indígenas para esta atividade, já que eram numerosos naquela região.
O cultivo da cana somente se tornava vantajoso, economicamente, em grandes propriedades, tendo em vista que para este tipo de exploração (plantação, colheita e transporte) eram necessários muitos trabalhadores. Era preciso realizar a cultura em grande escala, o que não era possível para os minifundiários.
Para proteger suas posses e evitar a penetração dos franceses no território, o rei de Portugal cogitou a ocupação pelo povoamento e colonização. Para isso, dividiu a costa brasileira em doze partes, chamadas de Capitanias Hereditárias, que foram doadas a titulares que sobre essas terras possuíam poderes soberanos. O rei passou a assumir a condição de Suserano, enquanto os titulares assumiam a posição de vassalos, fazendo uma analogia ao sistema feudal. Com base nisso que se iniciou a ocupação e a colonização do Brasil.
A cana-de-açúcar foi responsável pela primeira grande posição de
prosperidade do Brasil colonial em um momento em que as atenções de Portugal eram voltadas para o Oriente, devido ao seu forte comércio.
Além disso, determinou a composição étnica de toda a região, definiu a estrutura fundiária e marcou a cultura brasileira com as fortes características desta importante