Cana de açucar
NecessiDaDes lavouras
Das
valdomiro corrêa de bittencourt* antônio claret strini paixão** luiz Gilberto cesarin*** sandro rogério de souza****
Um primeiro aspecto que deve ser levado em conta é o que diz respeito às necessidades nutricionais da cana. Segundo dados levantados pelos autores, para a produtividade de 100 t/ha de colmos industrializáveis, são absorvidos do solo e do adubo por volta de 30 a 40 kg N/ha, 20 a 30 kg de P 2O 5/ha, 70 a 100 kg de K 2O/ha, 30 a 50 kg de CaO/ha, 15 a 20 kg de MgO/ ha e 140 a 160 kg de Si/ha (Figura 1). Portanto no caso da colheita de cana crua, essas quantidades são exportadas anualmente das lavouras, sendo que o restante contido no palhiço, poderá total ou parcialmente retornar aos solos. Por conseguinte, com base na retirada e admitindo uma eficiência de 100%, nota-se que as fórmulas a serem usadas com base nas reposições deveriam ser bem diferentes das empregadas atualmente.
A adubação fosfatada das culturas em geral e, particularmente, da cana-de-açúcar no Brasil tem sido olhada ao longo do tempo sob o prisma das características originais dos solos, considerados totalmente deficientes e altamente fixadores de íons fosfatos. Esse comportamento continua até hoje, apesar destes solos terem recebido nos vários anos altas doses de adubações, principalmente de adubos fosfatados. Conseqüentemente, esse modo de interpretação contribuiu para que os agricultores e pesquisadores procurassem basear as fertilizações principalmente nesse tipo de nutriente, olhando com menos interesse para o nitrogênio e para o potássio. Assim, as recomendações iniciais se referiam a doses de 100 a 140 kg de P2O5/ha no plantio da cana, enquanto que, para as socas, se acreditava que não havia mais respostas ao