cana de açucar
A Associação Cultural Ecológica Pau Brasil luta há 20 anos contra os problemas socioambientais causados pela monocultura da cana de açúcar na região de Ribeirão Preto. Nesta região a degradação ambiental causada pelo setor sucro alcooleiro é enorme, sendo as queimadas a principal fonte de poluição atmosférica que prejudica a saúde de toda a população. A QUEIMADA DE CANA E SEU INPACTO SOCIOAMBIENTAL
I. BREVE HISTÓRICO DAS QUEIMADAS:
O uso do fogo na agricultura é condenado há mais de um século pelos manuais de conservação do solo e edafologia, pelas conseqüências negativas por ele provocadas na produtividade da terra. No entanto é milenar a utilização da queimada para a retirada de florestas e campos, visando à implantação de pastagens e lavouras ou mesmo para a edificação de vilas e cidades, com influência direta na formação de semi-áridos e desertos. Há inúmeros relatos de verdadeiros desastres provocados pelas queimadas de vegetação, muitas delas praticadas pelos exploradores e colonizadores do velho mundo.
No Brasil desde o inicio da colonização as queimadas foram utilizadas para a preparação de áreas para o plantio da cana de açúcar sendo o fogo ateado para a destruição de campos e florestas. Gilberto Freire afirma que “o canavial desvirginou todo esse mato grosso de modo mais cru pela queimada. A cultura da cana valorizou o canavial e tornou desprezível a mata”. O processo é simples. Para plantar a cana derruba-se ou queima-se a floresta. Depois para fabricar o açúcar essa floresta faz falta para manter acesa a chama dos engenhos, ou construir estas infra-estruturas. A cana tem na floresta o seu maior amigo e inimigo. Um exemplo apenas que evidencia a dimensão que assumiu este processo com graves conseqüências principalmente para o Nordeste Brasileiro onde a cana começou a ser implantada logo após o descobrimento.
O inconseqüente uso do fogo para as práticas agropastoris e para a abertura de locais de