calorimetria
Até o final do século XVIII, acreditava-se que o calor era um fluido indestrutível, denominado calórico, e que era capaz de fluir, sem perdas, de um corpo de maior temperatura para outro de menor temperatura. Depois das observações de Rumford e Davy, na transição do século XVIII e XIX, que mostraram que por fricção podem ser geradas quantidades ilimitadas de calor, concluiu-se que o calor é uma forma de energia que pode ser transferida de um sistema para outro por diferentes processos (condução, convecção e irradiação térmica). A matéria pode emitir ou absorver calor. A emissão ou absorção de calor faz com que a temperatura de um objeto varie. Esta variação de temperatura sofrida por um objeto que absorve certa quantidade de energia é denominada capacidade calorífica deste objeto. Mais especificamente, a capacidade calorífica de um objeto é a quantidade de energia necessária para elevar a sua temperatura em 1ºC ou 1K. Para as substâncias puras, a capacidade calorífica é dada para uma quantidade específica de substância, geralmente, para 1 mol. Então, tem-se a chamada capacidade calorífica molar, que é a quantidade de energia necessária para aumentar em 1K ou 1ºC a temperatura de 1 mol de substância. Existe também a capacidade calorífica específica ou simplesmente calor específico de uma substância, que é a energia necessária para elevar de 1K ou 1ºC a massa de 1g da substância. O calor específico de uma substância é calculado por:
Pode-se medir experimentalmente o fluxo de calor associado a uma transformação medindo-se a variação de temperatura produzida, já que a temperatura é uma medida direta da quantidade de calor de um sistema. O aparelho utilizado para medir o fluxo de calor é chamado calorímetro. Calorímetros são aparelhos simples, construídos para que isolar termicamente o seu interior, para que não ocorram trocas de calor entre o interior e o ambiente externo. Existem vários modelos de calorímetro, mas todos se baseiam na mesma