Calculos
Prof. Gilberto Fonseca Barroso (DERN-UFES)
TEORIA DE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS
Disciplina: Ecologia II
Prof. Gilberto Fonseca Barroso; e-mail: fonseca@npd.ufes.br
Revisado em 21 de março de 2002
Elaborado em 10 de junho de 1994
TEORIA DE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS
A Biogeografia clássica considera grupamentos característicos de indivíduos, em nível de gêneros e famílias, em seis regiões biogeográficas básicas: Australiana, Neártica, Neotropical, Etiópica e
Paleártica (Figura 1). Estas regiões encontram-se separadas uma das outras, por barreiras físicas (cordilheiras, desertos, oceanos e mares interiores) que impedem a dispersão das plantas e animais. Atualmente, a biogeografia aceita a deriva continental como meio para dispersão das espécies e não apenas a dispersão dos organismos em balsas no meio aquático. Algumas regras biogeográficas foram desenvolvidas, tais como: a regra de Bergman que se refere a relação superfície/volume dos animais; a regra de Allen sobre os apêndices de animais de climas quentes e frios; e a regra de Goller sobre as cores dos animais de regiões áridas e de regiões úmidas.
Figura 1: As seis principais regiões biogeográficas da
Terra.
Estas considerações são basicamente descritivas. O entendimento das respostas ecológicas e evolutivas, como as amplitudes de nicho de várias espécies componentes de uma dada comunidade em função da presença ou ausência de outras espécies, requer experimentos ecológicos em sistemas naturais. Os ambientes de ilhas oceânicas funcionam como um laboratório natural para estes estudos, como por
exemplo a recolonização da Ilha de Krakatoa no Oceano Índico após violenta atividade vulcânica em 1883. O conceito de "ilha" foi estendido para a paisagem terrestre onde, uma área de floresta separada de uma massa de