Cafeina
1919
Consumo de cafeína e de alimentos-fonte de cafeína e prematuridade: um estudo caso-controle Caffeine intake and food sources of caffeine and prematurity: a case-control study
Rita Adriana Gomes de Souza Rosely Sichieri 1
1
Abstract
1 Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Correspondência R. A. G. Souza Departamento de Epidemiologia, Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rua General Clarindo 488, apto. 103, bloco 2, Rio de Janeiro, RJ 20755-320, Brasil. ritadriana@ims.uerj.br ritadriana@ibest.com.br
Introdução
O interesse pelo estudo da cafeína começou em meados da década de 70, quando estudos em animais indicaram que a cafeína estaria relacionada a uma diminuição no crescimento, redução do peso ao nascer e anormalidades esqueléticas 1,2. Em 1980, com base nos achados de estudos em animais, o Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) sugeriu que as mulheres grávidas evitassem ou diminuíssem o consumo de alimentos e/ou bebidas contendo cafeína 3. A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é uma metilxantina que facilmente atravessa a barreira placentária, com quantidades substanciais passando para o líquido amniótico, sangue do cordão umbilical, plasma e urina dos neonatos 4. Suas maiores fontes alimentares são café, chá, chocolate e refrigerantes do tipo cola 5. Cerca de 2 mil drogas também contêm cafeína e 25 dessas podem ser usadas na gravidez 6. O seu consumo é tão amplo que 98,0% das mulheres em idade reprodutiva consomem regularmente cafeína, seja através da alimentação ou através de medicação, sendo que 72,0% dessas mulheres continuam usando cafeína durante a gravidez 7. A depuração da cafeína fica alterada durante a gravidez, sobretudo no segundo e terceiro trimestres, quando a meia-vida da cafeína é de cerca de 7 e 10 horas, respectivamente, enquanto que em mulheres não-grávidas é de 2,5 a 4,5
Caffeine