Cada qual no seu lugar
Não digo que a ciência só trata daquilo que é mensurável, palpável e diretamente observável. Mas a ciência não se cinge ao que é físico no sentido tátil do termo. A ciência cinge-se simplesmente àquilo que é real. Não precisa de ter forma física, só precisa ter existência, desempenhar um papel na física, mas não precisa ter existência palpável.
A questão é que, se algo existe, então… existe. E se existe, tem de ter alguma forma de se manifestar. E é aí que os cientistas “pecam”(oportuno esse termo não?!).Pois já que nem todas as coisas precisam se manifestar de forma tátil, elas tem de se revelar ao mundo de alguma forma (nem que indireta) e é essa forma que a ciência presunçosamente quer descobrir.
Certo. A grande maioria dos cientistas tem a convicção que qualquer “fenômeno” pode ser descrito por funções matemáticas. Eles acham que se Deus existe, então tem de existir de alguma forma. Pode ser imaterial, pode ser na forma uma corrente eletromagnética, pode ser como uma aura. Mas não se pode furtar à ciência, porque a ciência debruça-se exatamente sobre aquilo que existe.
Porém, a existência divina não é subordinada à lógica. A resposta desta questão foge ao alcance da ciência, pois na relação com o transcendente, a razão é um complemento e não a essência.
Mas aí qualquer cético diria:"Agora esse fundamentalista apela para o reducionismo!! É fácil demais afirmar que a existência de Deus não pode ser verificada, assim como sua não existência". Então eu digo:Boa conclusão. A função da ciência é compreender o mundo à nossa volta, é um método cujo objetivo é bem claro: o conhecimento. Só que nem todo conhecimento é acessível a ela. Afinal, alguém tenta assistir uma fita VHS através de um DVD player?! Alguns até tentam fazer essa conversão de formatos(vide design inteligente), mas a qualidade nunca é satisfatória.
Resumindo: A ciência é(parcialmente)competente para explicar fatos do mundo natural, mas não para explicar o