Cabelo crespo
Cabelo crespo, qual o problema?
Inicia-se antes mesmo de pensarmos em nascer. Começou séculos atrás quando os ancestrais Africanos contribuíram com seus genes de cabelos “duros”, “pixaim”, “ruim” ou quer dizer mesmo CRESPOS.
Incrivelmente mulheres negras são esmagadamente rotuladas pela família, sociedade, mídia e escola por terem cabelos crespos. Ditam, óbvio que de forma não declarada, que tê-los é sujo, desajeitado, rebeldes, ou até mesmo louco. Disfarça algumas vezes ao dizer, e até mesmo mostrar, que o Black Power está na moda, porém logo em seguida tudo volta. Na família a preocupação se a criança que estiver por nascer terá um cabelo assim, meio que, não sabem explicar direito, se puxará do pai ou da mãe, daquela tataravó de olhos azuis que veio de Portugal, ou até mesmo daquela que “pegaram no mato” (indígena). Quando sai da família e parte para a sociedade que caos total para essas mulheres, que logo escutam assim nos classificados de emprego: - Procuram-se mulheres com boa aparência, favor enviar foto. Caso apareça na foto com seu cabelo crespo assumido, esqueça! Essa não tem boa aparência, quem sabe se tivesse feito uma “chapinha” teria sido selecionada. Em seguida temos uma máquina ditadora que é a mídia e bombardeia sua tela e suas páginas com as loiras do Brasil, parecendo que estamos em um país onde esta etnia predomina. Não! Não mesmo existe algum problema em exibir essas loiras. A questão é, onde estão as mulheres negras e com seus lindos cabelos crespos? Qual o problema de sua imagem ser colocada de uma maneira positiva na mídia e contribuindo com a formação da identidade negra das crianças e adolescentes, onde possam aceitar seus padrões étnicos racial no lugar de a qualquer custo tentar mudar sua aparência por conta da imposição da padronização da beleza imposta pela mídia, e ainda por cima com a desculpa vazia de que é por conta da praticidade que usam químicas e escovas. Quando tudo parece perdido,