Burke
Autor – Maria D'Alva Gil Kinzo
Unidade(s) de Leitura – Seminário 8 - Burke
1) Tema discutido: O livro discute sobre as ideias do inglês Edmund Burke, que ficou conhecido pelo seu conservadorismo, o qual defendia a velha ordem vigente, a manutenção da Constituição e do Parlamentos inglês, além da crítica à ruptura da tradição, como a que ocorreu com a Revolução Francesa. Apesar disso, adota a visão de uma economia de mercado, de tolerância religiosa e da Revolução de Whig de 1688. Logo, pode-se classificar Burke como um 'liberal conservador'.
2) Idéias Centrais: Burke nasceu na Irlanda e seguiu a religião protestante, mas foi sempre muito tolerante em relação a outras seitas. Após o primeiro contato com a política, conseguiu reconhecimento e, assim, conquistou uma cadeira no Parlamento, tornando-se representante da Câmara dos Comuns. Enquanto era membro da Câmara (1766 – 1794), Burke observou o surto econômico da Revolução Industrial, que já tornara o capitalismo como parte do status quo da sociedade; a ascensão do Rei Jorge III ao trono inglês, e as tentativas do monarca de fazer a Coroa ter um papel mais ativo nas decisões políticas, e Edmund se mostrou árduo defensor do regime parlamentar e da ordem constitucional inglesa; foi a favor de uma conciliação na época da Independência Norte-Americana e, ao final, revelou-se totalmente contra Revolução Francesa, pois ela destrói a velha ordem e deslegitima os valores tradicionais. Através desses acontecimentos e a posição de Burke, é possível observar sua inclinação política. Em relação à sociedade, o autor acha que ela e o Estado fazem parte da criação divina, e que o homem está sujeito às leis naturais e ao convívio social, com deveres e direitos mútuos. Ele acredita que a hierarquia, desigualdade e propriedade são inerentes aos homens, sendo um equívoco tentar obter uma convivência igualitária entre os humanos. Os partidos políticos, na