O texto Reflexões sobre a Revolução em França, de Edmund Burke, trata-se de uma análise feita pelo autor sobre os fatos que estavam ocorrendo na França e sobre como ele considera-os um poder arbitrário, que é seu maior receio. Burke trata a revolução com algo nocivo para a sociedade como um todo. O texto foi desenvolvido com o foco na França, denunciando a fraude da Revolução e caracterizando o governo e as instituições conservadoras como boas. Para o autor, “os indivíduos que mais se agitam talvez não sejam os mais capazes de ação” (página 51). Na obra trata-se também da Sociedade da Revolução que possui o papel de divulgar a Assembleia Nacional (revolução) na Inglaterra. O autor desenvolve uma crítica a Assembleia Nacional afirmando que os revolucionários preferiram tomar um curso de ação como se nunca tivessem vivido em uma sociedade civil e que deveriam construir tudo a partir do nada. As consequências de tal fato são a instituição de uma anarquia e a mudança das instituições que sustentam a sociedade, dentre elas a igreja. Para o autor, a religião é a base da sociedade. A proposta feita por Burke seria a complementação do antigo regime e não a sua total destituição. As desigualdades são tratadas como naturais e existe a não crença na possibilidade de uma soberania popular. Além disso há a valorização da tradição, da moralidade, da religião, das boas maneiras e da hierarquia social. Burke trata o estado como muito mais abrangente que os interesses privados.
BURKE, Edmund. Reflexões Sobre a Revolução em França. Brasília: Editora UnB, 1997. Edição da