Burke
R.: Burke compreendia que os representantes da Câmara dos Deputados representam o povo, a população, e não a unidade da Federação pela qual se elegeram, uma vez que cumpre aos membros do Parlamento a competência constitucional de representação dos entes federados, atua com visão estratégica voltada para o bem comum e o interesse nacional, e não para questões particulares, locais ou regionais apenas. E partido político para Burke era “um grupo de homens unidos para a promoção, através de seu esforço conjunto, do interesse nacional, com base em algum princípio determinado com o qual todos concordam".
(Questão 2) Qual aspecto da Revolução Francesa mais desagradava o autor?
R.: Burke por ter sido sempre um defensor do Parlamento e da limitação do poder político. Burke criticou a Revolução Francesa por ela querer instaurar um novo absolutismo, ainda mais ilimitado que o anterior. Burke previu que a Revolução Francesa acabaria na perdição, terror, morte e ditadura.
(QUESTÃO 3) Quais as funções do preconceito no pensamento do autor?
R.: O ponto de Burke é mostrar que sem preconceitos, isto é, sem o respeito aos conceitos prévios que marcam e definem a experiência social de um povo, não é possível, nem desejável, instaurar uma nova ordem das coisas.
Não é possível conhecer os homens fora da história de cada povo: os humanos são seres socialmente marcados e historicamente construídos. Seres que só existem a partir dos preconceitos de cada povo, isto é, da experiência acumulada por um determinado corpo social e civil. Os homens concretos, inseridos num meio social específico, são seres recheados por crenças e costumes que guiam a maior parte de seus atos.
Para Burke o preconceito é o que torna a razão ativa, orientando-a no terreno em que ela pode se debruçar e dando os parâmetros a partir dos quais ela pode evoluir. Sem o preconceito, há apenas a anarquia de uma razão