Bulling
Michele Gomes de Paula1 Maria de Lourdes Nunes2 RESUMO O trabalho do supervisor escolar a partir da década de 1980 surge com outras prioridades, em oposição ao caráter fiscalizador que marcou o surgimento da função deste especialista. Seu trabalho, desde então, volta-se para dimensões política, humana e técnica. Sua gestão se compromete em propiciar transformações de caráter humanizador, isto é, formar homens mais humanos. Para isso é fundamental que o supervisor escolar tenha um conhecimento teórico firmado a fim de identificar possíveis dificuldades, como o bullying, por exemplo, um dos temas que mais tem ganhado destaque no ambiente escolar. Trata-se de abuso físico ou psicológico contra alguém que não é capaz de se defender, provocando verdadeiros estragos emocionais. Cabe a esse profissional, juntamente com os educadores e pais, conhecer e entender a manifestação de violência entre alunos a fim de auxiliar tanto os envolvidos como os familiares e o corpo docente a prevenir este tipo de agressão dentro da escola. Palavras-chave: Supervisor Escolar. Violência.Bullying. Formação Humana. INTRODUÇÃO Historicamente, a Supervisão surgiu como função para velar alguém, cuidar do outro em comunidades primitivas com o olhar vigilante de zelo, cuidado e estima. Na Idade Média, o mestre acompanhava seu discípulo durante toda uma vida, fiscalizandoo e punindo-o, se necessário, pois ele tinha poder inquestionável. Nesse contexto, a Supervisão aparece como “castradora”, gerando medo. A sociedade elitista, Pós Revolução Industrial e especialmente no período do Militarismo, impõe a necessidade de um supervisor para fiscalizar, moldar o aluno, dar a forma estabelecida pela sociedade controladora. Na década de 1980, o supervisor surge com outras prioridades, voltado agora para o caráter pedagógico. Preocupa-se com o tipo de ensino que está sendo transmitido e como. Seu trabalho está voltado para dimensões