Brinquedos e brincadeiras
Como a sociedade houve uma grande mudança, as mulheres começaram a trabalhar, as crianças começaram a ficar período integral nas escolas, ou com babás. As ruas ficaram cada vez mais vazias e consequentemente mais violentas.
Com isso as brincadeiras de rua foram gradativamente deixadas de lado e substituídas por vídeo-games, programas de televisão, jogos de computador e internet, tudo, na maioria das vezes, muito violento, tornando as crianças cada vez mais agressivas, ansiosas e irrequietas.
Nesse trabalho, pretendemos resgatar a importância do lúdico e do brincar no desenvolvimento da criança. Para Wallon, este desenvolvimento se dá através de uma interação entre ambientes físicos e sociais, sendo que os membros desta cultura, como pais, avós, professores e outros, ajudam a proporcionar à criança participar de diferentes atividades, promovendo diversas ações, levando a criança a um saber construído pela cultura e modificando-se através de suas necessidades biológicas e psicosociais.
Por isso falamos da importância do brinquedo e da brincadeira, pois é a criação de uma ligação entre situações do pensamento e situações reais, além das relações interpessoais adquiridas.
Direito do Brincar
O brincar é um direito da criança, e este direito é reconhecido em declarações, convenções e leis, como está previsto no estatuto da criança e do adolescente de 1990. Muitas crianças não brincam, enquanto outras brincam pouco. E as razões desse não brincar se manifestam de diversas formas. Muitas crianças perdem o direito de brincar nos primeiros anos de sua infância, por deficiência física, mental ou por estarem hospitalizadas, e há outras, ainda que trabalham para ajudar os pais no sustento da família. Entretanto, a ausência do brinquedo, não as impede de brincar, pois elas usam a imaginação. Crianças das classes média e alta muitas vezes são impedidas do seu direito de brincar, pois seus pais as matriculam em diversos tipos cursos (natação, dança,