brinquedos terapeuticos
Doença e hospitalização, geralmente acompanhadas de procedimentos intrusivos e dolorosos, constituem experiências altamente estressantes para a criança. Para assisti-la adequadamente é necessário que a enfermeira compreenda o que estas situações significam para a criança, reconheça o que a criança pode estar comunicando através do seu comportamento, o que em geral representa um pedido de ajuda, e utilize técnicas adequadas de comunicação e relacionamento.
Dentre os recursos disponíveis para a intervenção de enfermagem na assistência à criança, em nível emocional, encontra-se um valioso instrumento, o brinquedo, ou seja, a situação de brincar.
De acordo com FREUD (1975), brincar é a primeira atividade normal da mente que a criança apresenta e, segundo ABERASTURY (1992), a inibição constante para brincar, durante a infância, pode ser o único sintoma de neurose grave que uma criança apresenta.
Para MORAIS (1980), o brinquedo é de tal importância na vida da criança que se constitui em necessidade cuja satisfação tem precedência sobre outras consideradas básicas, a não ser que o organismo esteja em elevado estado de tensão, medo ou privação.
Brincar é primordial para a criança, esteja ela sadia ou doente, inclusive se, por uma circunstância de maior gravidade, precisar ser hospitalizada.
WHALLEY; WONG (1989) enfatizam que brincar é o trabalho da criança; é uma atividade essencial ao seu bem-estar mental, emocional e social e, da mesma forma que as demais necessidades de desenvolvimento, não pára quando a criança adoece ou é hospitalizada.
Segundo STEELE (1981), o brinquedo terapêutico constitui-se num brinquedo estruturado para a criança aliviar a ansiedade gerada por experiências atípicas para sua idade, que costumam ser ameaçadoras e requerem mais do que recreação para resolver a ansiedade associada, devendo ser usado sempre que ela tiver dificuldade em compreender ou lidar com a experiência. De acordo com GREEN (1974), seu objetivo é dar ao