Brics
De lá para cá, o grupo dobrou a participação no comércio mundial. Hoje, os Brics detêm 15% do total de 60,7 trilhões de dólares. Em 2000, a participação era de 7,2%. Nesse mesmo período de comparação, as exportações do grupo saltaram de 451 bilhões de dólares para 1,8 trilhão de dólares em 2009.
Quando o grupo foi criado, existia uma maior homogeneidade entre os países. Contudo, ao longo do tempo, as diferenças foram acentuadas, principalmente da China em relação aos outros países.
Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que, em 2000, a China exportava 249 bilhões de dólares. No ano passado, este volume saltou para 1,2 trilhão, o que significa que a participação dos chineses no comércio mundial passou de 3,9% para 10%.
Para se ter uma idéia do avanço dos chineses, em 2000 o Brasil exportava 20% do volume total das vendas da China. Hoje, esta parcela está abaixo de 10%. Em relação ao comércio mundial, o lento avanço do Brasil fica ainda mais evidente - passou de 0,9% do comércio mundial verificado em 2000 para 1,2% no ano passado.
No caso da Rússia, o país conseguiu triplicar suas vendas em dez anos, mas não conseguiu ultrapassar 25% do total que a China exporta. Para a Índia, a distância em relação aos chineses segue a mesma tendência.
A afirmação do bom contexto político se justifica pelo envolvimento das entidades públicas e privadas na construção do SNCJS e também pela quantidade de atores da produção, comercialização e consumo solidários, articulados em redes locais e nacionais, que hoje conhecem, participam e opinam no processo de construção do marco jurídico e político desta proposta. O lançamento de editais de apoio direto à comercialização por mais de uma secretaria de estado, entre outros órgãos públicos, também é prova