Brics
O termo BRIC foi criado em novembro de 2001,pelo economista Jim O´Neill, para fazer referência a quatro países Brasil, Rússia, Índia e China.
Posteriormente, a mídia se encarregou de disseminá-lo e torná-lo relativamente popular. Permite até mesmo uma analogia com o brick (tijolo ou bloco, em inglês), o que pode ser interpretado no sentido da construção de novos blocos de poder.
Não sem razão. Se tomarmos o ranking dos dez maiores países do mundo pelo critério de PIB (Produto Interno Bruto) por Paridade de Poder de Compra (PPC), vamos encontrar a China em segundo lugar, com um PIB-PPC de US$ 9,4 trilhões, logo após os EUA, em primeiro. A Índia aparece em quarto lugar, logo após Japão e Alemanha, com um PIB de US$ 3,6 trilhões. O Brasil ocupa a nona posição, com US$ 1,6 trilhão, e a Rússia, com US$ 1,5 trilhão, a décima.
Embora o Brasil tenha apresentado um crescimento econômico muito baixo, de apenas 2,5% na média anual dos últimos 25 anos, ainda está entre as dez maiores economias do mundo. O alto crescimento dos três demais países, em média de 6,5% no mesmo período, lhes tem dado um importante diferencial. Eles também se destacam pelas elevadas taxas de investimentos. A China, por exemplo investe mais de 40% do PIB. Os demais investem menos que isso, mas acima dos 21% do Brasil.
É interessante notar o papel do investimento direto estrangeiro (IDE) no processo. Embora seja dado grande destaque para o fato de os fluxos anuais destinados à China superarem de longe os do Brasil, visto sob outro ângulo a situação é diferente.
O estoque total do IDE acumulado historicamente, destinado aos países do BRIC proporcionalmente aos seus PIB's, é uma medida relativa mais adequada para avaliação do seu grau de internacionalização. Considerando-se esse critério, o Brasil está em primeiro lugar, com 25,4% do PIB, um estoque de IDE de US$ 201,2 bilhões. A Rússia, com 17,3%, é o segundo. A China, embora tenha em valores