Artificialismo na vida moderna
Na sociedade tecnológica avançada em que vivemos, os meios de comunicação e transporte em massa, a produção irrefreável de mercadorias e serviços, trazem consigo atitudes e hábitos estabelecidos, que só fazem prender o consumidor ao produto. A racionalidade tecnológica existente no mundo atual, constitui a etapa mais desenvolvida da alienação do indivíduo, ou seja, da perda completa de sua individualidade.
Herbert Marcuse, filósofo alemão, em seu livro “ A Ideologia da Sociedade Industrial”, desenvolveu uma teoria social crítica que visava libertar a sociedade da indústria de exploração, e resgatar a racionalidade crítica, tão indispensável à existência humana.
Segundo Freud, as ações estão diretamente ligadas à satisfação dos desejos, sejam eles conscientes ou inconsciente. Então, desde que o homem percebe sua inaptidão e fragilidade frente a funções relacionadas à sua sobrevivência e a realização de seus anceios, a mente, aliada a capacidade sináptica do cérebro, começa a gerar artifícios para tornar possível algo que era considerado intangível. Na invenção da roda, por exemplo, o homem se utilizou de ferramentas para ultrapassar as limitações de sua força física. Ou quando desejou voar, uma propriedade não incluída em seu corpo, criou o avião. Pode-se concluir que a pior das invenções, e a que causou o maior dos atrasos evolutivos da espécie humana foi a informática, um dispositivo para acelerar a necessidade de comunicação da mente. Talvez se ela não tivesse sido inventada, a telepatia poderia ser algo comum para os humanos, pois, quem pode provar que a capacidade de falar não é um artifício?
A criação de artimanhas é, portanto, uma tática utilizada para driblar a possibilidade de não alcançar o que desejamos. Estas se desenvolveram tanto biológica quanto bionicamente que já é quase impossível a diferenciação básica entre homem e máquina. O que há é o ser antropotécnico. Uma cultura constituída por ciborgues