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Bombeiros trabalham sem uniforme nos postos de salvamento do Rio.
Voluntários estão atuando em apoio à greve e contra prisões de colegas.
Tahiane Stochero
Do G1 RJ imprimir
Mesmo com a paralisação em protesto por melhores salários e contra a prisão de 439 bombeiros que invadiram o Quartel-General da corporação, os salva-vidas estão trabalhando neste domingo (5) nos postos à beira da orla de Copacabana, Ipanema e Leblon. O G1 percorreu todas as praias e conversou com os salva-vidas, que também são bombeiros. Eles estão trabalhando de forma descaracterizada (sem o uniforme da corporação) e como voluntários, "para não deixar o povo sem socorro".
Estamos em greve, mas estamos aqui como voluntários, porque não vamos deixar ninguém morrer sem socorro porque não ganhamos bem", disse um cabo que está há 13 anos nos bombeiros e que estava de plantão na tarde deste domingo no posto 8 de IpanemaHá muita ressaca e o vento e o mar estão fortes. Alguns turistas podem tentar entrar no mar. Estamos aqui para ajudar e avisar dos riscos. Mas toda nossa corporação está sofrendo muito com os colegas presos, vi muitos colegas chorando hoje nos quartéis. Os que estão trabalhando estão dando apoio para que o restante possa protestar na Assembleia Legislativa", acrescenta o cabo.
"Se alguém morrer nas águas do Rio, a gente perde a guerra e morre também a nossa luta", diz o bombeiro. "Os bombeiros e os salva-vidas não vão deixar nenhum inocente morrer porque lutamos