Breves considerações sobre a crise do subprime
A Crise teve seu auge em 2008, mas podemos dizer que ela começou a interferir efetivamente na economia mundial a partir de 2006.
Para entendermos a crise em si, é importante explanar sobra a sua lógica.
A crise de 2008 ou Crise do Subprime foi uma crise sistêmica e mundial iniciada nos Estados Unidos com a falência de um sistema de alta liquidez no mercado de crédito e valorização imobiliária. O Subprime é um tipo de crédito (normalmente hipotecário e concedido sob taxas de juros flutuantes) dado a um tomador que não oferece garantias suficientes para obtê-lo. O aumento e posterior insolvência desse tipo de crédito de alto risco foram os principais responsáveis pela crise.
Quando falamos do progressivo aumento do subprime nos EUA, podemos dizer que se trata de algo mais extenso do que se pensa: em 1995 já havia pressão política do congresso americano por aumento desse tipo de crédito na economia. Após a crise das empresas “pontocom” no final da década de 90 e as conseqüências dos atentados terroristas aos EUA em 2000, essa política neoliberal de crédito fácil e poucas restrições (itens primordiais como emprego, renda, conta bancária e histórico de pagamentos passaram a não ser avaliados por quem concedia crédito), foi sendo acelerada pelo “FED” (Banco Central Americano) como forma de incentivar o crescimento da economia e afugentar a recessão.
Dada a maior possibilidade de financiamentos, mais pessoas agora podiam comprar sua própria casa sem grandes dificuldades, e em pouco tempo o setor imobiliário apresentava ao investidor uma ótima rentabilidade, com lucros em muito superiores aos de outras aplicações no mercado. Com uma valorização crescente e dinheiro fácil, cada vez mais pessoas entravam nesse setor e investiam hipotecando suas casas. Com os altos valores obtidos era possível investir mais no mercado imobiliário e aumentar o nível de consumo. Até certo momento os lucros eram grandes a ponto de