crise de 2008

17331 palavras 70 páginas
O crash do mercado de ações de 1987 1
O grande colapso das hipotecas residenciais em 1994 2
A bolha especulativa “ponto.com” iniciada em 1996 3
A crise do Long-Term Capital Management (LTCM) de 1998 4 III-3.02 - O crash do mercado de ações de 1987 O mercado acionário americano era frio e pouco atrativo entre 1968 e 1983 5. Se um investidor tivesse uma carteira baseada nos títulos do Dow Jones teria perdido, descontada a inflação, algo próximo de 60% do valor inicial.
Apenas com a reversão da inflação, e quando as primeiras aquisições alavancadas surgiram, o mercado acionário começou um processo de alta das cotações e volumes negociados. A valorização atingiu seu ápice no verão de 1987, quando o Dow Jones havia triplicado em relação ao início do ciclo altista.
Apesar dos insiders considerarem que as cotações já estavam em um patamar muito elevado, havia uma inovação financeira denominada de "seguro de portfólio" que absorveria parte de uma possível queda do mercado. Esse seguro passou a fazer parte dos portfólios dos grandes investidores, tais como os fundos mútuos corporativos e de pensão, que também aplicavam nos voláteis mercados de derivativos (mercados futuros e de opções).
Os derivativos, apesar de poderem ser utilizados como hegde, têm como principal característica a alavancagem financeira. Aparentemente, não há grandes bolhas sem a sua forte presença nos mercados financeiros. Em suma, os derivativos, por suas características especulativas, são caixas de ressonância das crises.
Os Mercados de Derivativos foram fortemente impulsionados pela descoberta da fórmula de Black-Scloles 6, ferramenta considerada de fundamental importância, pois podia calcular como uma transação financeira podia ser expressa na forma de uma opção. Com esse avanço, somado à capacidade computacional

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