Breve resumo sobre a Revolta do Sal
Sendo um produto de grande lucratividade, o preço do sal variava constantemente. Além de problemas gerados pelo monopólio imposto por Portugal, era comum que grandes mercadores simulassem uma escarces do produto, diminuído a distribuição do sal fazendo com que este ficasse cada vez mais caro, prejudicando inclusive compradores internos que sofriam com os inúmeros reajustes.
A Coroa não se interessava por assuntos que diziam respeito à distribuição do sal no Brasil (menor nas colônias, com relação a outros mercados), não se preocupando em encontrar uma solução para tal problema, mesmo com a ocorrência de protestos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e manifestações de consumidores paulistas. Assim, em 1710 em resposta ao total descaso das autoridades, o paulista Bartolomeu Fernandes de Farias, dono de grandes propriedades, reuniu seus escravos indígenas e africanos (além de alguns capangas), e formou um grupo de cerca de duzentos homens armados que viriam a tomar de assalto o porto de Santos. Seu objetivo era distribuir o produto para aqueles que precisavam, fazendo com que esta ação iniciasse o movimento nativista que ficaria conhecido como Revolta do Sal. Outra ação de Bartolomeu fora a ordenada da destruição da ponte que ligava a Ilha de São Vicente ao porto de Santos, para impedir que as autoridades de Santos o perseguissem. Em 2 de novembro de 1710 o juiz Antônio da Cunha Sottomaior enviaria uma carta a Lisboa para relatar os acontecimentos na capitania. Contara sobre as ações de Bartolomeu Fernandes e enfatizava como estas mostravam claro desafio as autoridades portuguesas. Sendo clara ameaça aos