Os Beats e a crise de paradigmas
RESUMO
Neste breve artigo debateremos como uma conjuntura de período histórico pode influenciar na constituição de uma geração artística que influenciou diversas outras, mesmo já fora de seu tempo. Falaremos da geração Beat, nascida na década de 1950 que tinha como base familiar a Família Nuclear e na construção de seu espírito o American way of life e tinha como um passado recente a grande Guerra Mundial que colocou o novo mundo numa nova situação. Debatermos isso em conjunto com outra influência marcante desta geração que foi o jazz, que à sua maneira deu um estilo que marcaria todo esta geração.
PALAVRAS-CHAVE: JAZZ, BEAT, CONSUMO
INTRODUÇÃO
Uma geração que viveu o pós-guerra deve ter muito a nos contar. Crescidos num turbilhão de acontecimentos e tendo o mundo a se viver em uma nova realidade, esse momento deve ter dado muita confusão. Crescer com um passado de uma Grande Guerra, depois ver a prosperidade ir ao chão em dia e vivenciar uma Guerra Mundial deu há uma geração muitas idéias, no entanto as encheu de confusão também.
No pós-guerra era indiscutível a invejada supremacia econômica dos EUA. Enquanto a Europa foi palco de um dos conflitos mais sangrentos do século XX, os Estados Unidos passaram praticamente intocados pela guerra. Entre 1941 e 1945, o PNB (Produto Nacional Bruto) americano aumentou em dois terços, e, em 1945, o país contava com dois terços da produção industrial do mundo. Em 1950, o PIB per capita dos EUA era o dobro do da França e da Alemanha e mais de cinco vezes o do Japão. Novas tecnologias surgiam, as distâncias se encurtavam e a velocidade de circulação das informações aumentava.1
Esta confusão pode ser chamada de Beat, que poderia ser caracterizado como beatífico, “ou pelo menos era como Jack Kerouac gostaria que o termo fosse encarado”. A Beat Generation não se classificava por uma meia dúzia de “talentos ansiosos por viverem a seu modo de suas