Breve relato da invenção da infância
Na antiguidade, na Grécia, o pai controlava totalmente a vida do filho e poderia tirar-lhe a mesma, caso considerasse necessário. Os nascidos deficientes eram assassinados, já as meninas, ainda que não tivessem deficiência, poderiam ser vendidas para prostíbulos. As meninas que ficavam eram educadas para serem mães e cuidar da casa.
No antigo Egito, os casais se uniam por amor, a menina tendo idade entre 12 e 14 anos e os meninos entre 16 e 17 anos. As meninas ficavam com suas mães até os três anos, sendo amamentadas, e já brincavam com bonecas, embora ainda não se tivesse ideia de infância, portanto nem de preservação da mesma.
Em Esparta, no século IX A.C. logo que nasciam os meninos eram tirados do seio da família e levado aos mais velhos para ser classificado com útil ou inútil. Caso tivesse algum tipo de deficiência era lançado do precipício, porque não seria um guerreiro. Aos 16 anos, os rapazes passavam por diversas provas a fim de se tornarem soldados, a criptia era a mais cruel delas – eles entravam na casa dos hilotas, pela madrugada, a fim de assassiná-los. Assim, aos 20 anos ingressava no exército, aos 30 anos casavam-se e aos 40 aposentavam-se. As mulheres também eram fisicamente educadas a fim de terem filhos fortes.
Na Roma antiga, era da mesma forma que era em Esparta. Na época de Constantino, no ano de 315, houve a criação do primeiro sistema de assistência aos pais para que não vendessem ou matassem seus filhos. Em 318, sob forte influência religiosa, essa prática passou a ser criminalizada sob com pena de morte.
Na Idade Média, a partir do momento que era desmamada, aos seis anos de idade, já passava a ser tratada como um pequeno adulto frequentando os mesmos ambientes e trabalhando. Nas Cruzadas, eram levadas a fim de garantir alimento, pois havia a prática do canibalismo, houve ainda uma