Memórias Póstumas de Brás Cubas- Resumo
Brás Cubas conta que faleceu em 1869, em sua chácara de Catumbi, com, aproximadamente, sessenta e quatro anos e ainda saudável. Vale notar que a imprecisão da idade não é gratuita. Mostra que o tempo cronológico não tem a menor importância no fluir da narrativa machadiana.
A causa da morte alegada foi uma pneumonia (poderia ser qualquer outra) no período em que trabalhava na invenção de um produto farmacêutico.
Criança mimada e travessa, acostumado a exercer a própria vontade, tem, na juventude, suas primeiras experiências amorosas com Marcela, uma espanhola, de conduta discutível, com quem gastava muito dinheiro: "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.".
Mandou-o o pai à Europa, para afastá-lo da espanhola e para que ingresse no curso superior. Diploma-se, lá, em Direito. Volta ao Rio de Janeiro na mesma época em que sua mãe falece.
Conhece Eugênia, jovem muito bonita que tinha, de nascença, pequeno defeito na perna que a fazia "mancar" um pouco. Não dura muito o romance.
O pai ambicioso que vê-lo bem casado e político; para tanto, aproxima-se do Conselheiro Dutra, o qual promete apoio a seus interesses políticos. No transcurso de tal relação, Brás Cubas apaixona-se por Virgília, filha do conselheiro. Excelente acontecimento para as pretensões do pai de Brás Cubas. Todavia, surge um imprevisto: Lobo Neves, com quem Virgília termina casando por interesse; na verdade, ela ama Brás Cubas. Como era de se esperar, Virgília e Brás Cubas tornam-se amantes.
Brás Cubas narra o encontro que teve com Quincas Borba, antigo colega da escola primária, que se tornara mendigo e no reencontro roubara-lhe o relógio... (Quincas Borba será personagem de outra obra machadiana.)
Os encontros dos amantes Brás Cubas e Virgília continuam e passam a provocar comentários; por isso, eles resolvem camuflar seu amor, vendo-se às escondidas, numa casa na Gamboa - "uma casinha só nossa" - em que,