Breve análise da evolução da educação no brasil
O estudo da evolução da Educação em nosso país tem sua origem com a chegada dos jesuítas e suas práticas educacionais. Em sua instalação, a educação brasileira era extremamente limitada a um pequeno grupo de pessoas ligadas à nobreza e aos proprietários de terras e negociantes, ainda que desse grupo fossem descartados os filhos primogênitos e as mulheres. O primeiro grupo por ter a responsabilidade de cuidar dos negócios da família e o segundo grupo por imposição de uma sociedade machista e patriarcal onde a mulher tinha o papel de reprodutora e dona do lar com funções de educar os filhos. Dentro deste contexto a Companhia de Jesus tem um grupo pequeno de “alunos”, que eram praticamente doutrinados dentro dos ideais de submissão que dominavam a maioria da Europa daquela época onde a obediência aos senhores era quase que condição de sobrevivência, condição essa enraizada nos costumes nacionais daquele século e que ainda o seria por um bom tempo. Nesta ordem, a Companhia, a educação era voltada para o desenvolvimento do “homem culto”, que deveria ser aquele pleno de conhecimentos de literatura e filosofia, sempre ligados às questões da obediência ao Clero e à Igreja que ele representava, sob uma tradição escolástica, sem nenhum interesse pelas ciências, pela pesquisa, pelo espírito crítico, pelas atividades técnicas ou artísticas. O ensino básico era ministrado para os indígenas cristãos e para a população branca – com exceção das mulheres -, o ensino médio para os homens da classe dominante e o ensino superior para aqueles que escolhiam o sacerdócio. Os que esperavam ensino de melhor qualidade e de formação superior nas áreas de interesse como medicina ou direito (e aqui se enquadram apenas os filhos da classe dominante) deveriam procurar no Velho Continente essa melhoria. Mesmo com todas as críticas que se possam fazer ao sistema jesuítico embasado no “Ratio Studiorum” romano, não